Uma tarefa difícil para muitos pais que enfrentam o divórcio é distinguir a relação conjugal da relação parental. Muitos pais acabam misturando as duas relações e permitem que os seus sentimentos sobre o/a ex prejudiquem o relacionamento deste com os filhos. E os filhos sofrem intensamente porque eles necessitam do amor e do apoio de ambos os pais.
Se você está lutando com essas emoções, concentre-se em suas responsabilidades parentais e tente:
• Separar a relação conjugal da relação parental. Procure ver o seu/sua ex como pai/mãe de seu filho, e não como ex-marido/ex-esposa.
• Reconhecer que seu filho precisa continuar mantendo contato com ambos os pais.
• Reconhecer que a relação de seu filho com seu/sua ex-parceiro é necessária e diferente da sua relação com ele.
• Dar uma pausa. Faça algo para aliviar a tensão e recuperar a perspectiva. Caminhe, converse com um amigo, leia um livro, ouça uma música.
• Não permitir que outras pessoas o pressionem a tomar decisões rápidas que envolvam seu filho durante o divórcio.
Use essas estratégias para mudar o foco de seus próprios sentimentos sobre o divórcio para o bem-estar de seu filho. Vai levar algum tempo e investir esforço concentrado de sua parte para fazer esse ajuste. Persevere, e você acabará por tomar decisões com base no que é melhor para seu filho, e não com base nas suas emoções.
Procure ajuda - Você vai precisar de apoio.
O divórcio é complicado e estressante e pode ser devastador sem apoio. Use sua rede de apoio, não tenha medo de pedir a ajuda de amigos, familiares ou até mesmo colegas de trabalho que estão perto de você. Se você necessita de conselho, procure um advogado que te ajude a promover um relacionamento cooperativo.
Se você está sentindo raiva intensa, medo, tristeza, vergonha ou culpa, encontre um profissional para ajudá-lo a trabalhar com esses sentimentos.
Lembre-se, procurar ajuda é sinal de força, não fraqueza.
Quando procurar ajuda profissional ?
A ajuda psicológica para os pais que lidam com o divórcio pode ser muito valiosa. Você pode precisar de tal ajuda nos seguintes casos:
• Tristeza prolongada;
• Sentimentos prolongados de raiva ou ressentimento;
• Sentimentos de desamparo e desespero que duram por vários meses;
• Retiro prolongado das atividades sociais usuais;
• Significante e não planejado ganho ou perda de peso;
• Cancelamento ou adiamento constante de atividades parentais;
• Uso excessivo de álcool ou outras substâncias químicas;
• Uso frequente do Poder Judiciário, o que pode ser um sintoma de raiva não resolvida;
• Aumento de queixas físicas, como dores de cabeça, dores abdominais ou dores nas costas;
• Falta de habilidade para cuidar dos filhos como você já cuidou um dia;
• Perda de interesse em permanecer com as pessoas amadas.
*Na dúvida, procure um especialista. Para saber mais informações entre em contato: Tel/Whatsapp(11) 98268-3283.
Fonte: https://www.cnj.jus.br